O Governo do Estado e a AMUPE – Associação Municipalista de Pernambuco vai editar no próximo mês de novembro o ANUÁRIO DOS MUNICÍPIOS DE PERNAMBUCO – 2011. Trata-se da mais completa obra do gênero no Brasil com quase 700 páginas, sendo,
segundo autoridades no assunto o maior inventário municipal já realizado em Pernambuco. O Governo do Estado e a AMUPE depositaram essa grande empreitada ao renomado advogado florense (nascido em Sítio dos Nunes)
o Dr. Saulo de Tarcio Duarte que
coordenou uma equipe de alto nível durante 08 meses seguidos. A obra está sendo a grande expectativa das autoridades estaduais, prefeitos e
vereadores e porque não dizer da comunidade em geral, pois trata-se de um compêndio que segundo o Governador Eduardo Campos “será um manual de consulta obrigatória para
todos os que quiserem se atualizar sobre a realidade econômica, fiscal e social de nossas municipalidades”. Mas, os módulos dedicados a cada Município há na parte superior uma frase de efeito que se apresenta sobre a denominação da identidade cultural de cada município. No caso de Flores o coordenador do Anuário o Advogado florense Saulo de Tarcio assinalou
como: FLORES – A MÃE DO SERTÃO. Perguntado o porque dessa denominação Dr. Tarcio respondeu que de acordo com os registros históricos, Flores é realmente a Mãe do Sertão, sendo portanto o aglomerado urbano mais antigo do sertão pernambucano e talvez do Nordeste do Brasil. Vejamos a cronologia pesquisada pelo advogado e que foi matéria da Revista Total:
MEADOS DE 1589 - Expedição de Garcia D'Ávila (Casa da Torre – Salvador – BA) chega a uma aldeia de índios tapuias no Alto das Flores, às
margens do Rio Pajeú (1603 - 2ª expedição).
1660/1670 - Segundo Euclides da Cunha, a primeira viagem de Domingos Afonso Sertão ao arraial do Pajeú. Há, documentação que prova
ter sido a primeira fazenda ali montada nos idos de 1.650.
1696 - Formação do povoado no Arraial de Flores com a nomeação do Capitão Sebastião Lima, comandante da Companhia de Ordenanças do
Pajeú.
11 DE SETEMBRO DE 1783 – Expedição do Alvará criando a paróquia de N.S. da Conceição do Pajeú de Flores.
15 DE JANEIRO DE 1810 – Expedição do Alvará Régio com força de Lei criando a Comarca do Sertão de Pernambuco.
26 DE MAIO DE 1811 – Instalação da Vila de Flores, pelo Desembargador ouvidor-geral de Pernambuco.
27 DE MAIO, 1811 - Instalação da Câmara e levantamento do pelourinho.
07 DE MAIO DE 1836 – Instituição das "prefeituras das comarcas" criadas pela Lei Provincial de Nº 13 - Major Francisco Barbosa Nogueira Paz - 1° Prefeito eleito de Flores.
06 DE MAIO, 1851 - Transferência da sede do município e da comarca, para a povoação de Serra Talhada.
26 DE MAIO, 1858 - Recriação do município de Flores.
1881 – Edificada a primeira detenção da Comarca do Sertão – Hoje, prédio da Prefeitura.
02 DE AGOSTO, 1893 - Constituição do Município (com base no art. 2° das disposições gerais da Lei N°. 52 de 03/08/1892).
Segundo ainda Saulo de Tarcio há registro dos domínios de Flores até no Brejo da Madre de Deus no agreste e, do alto pajeú até
os domínios de Petrolândia os municípios foram surgindo através de desmembramentos retirados de terras florenses. Foi Flores
a primeira Comarca do Sertão (1810), a primeira Câmara criada em 1811, a primeira Prefeitura (1836) que infelizmente teve sua
transferência em 1851 para Serra Talhada. Entretanto, foi Flores foi recriado Município em 1858 e finalmente foi constituído
novamente Município, agora sobre a égide da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (1889) em 1893.
Domínios da Casa da Torre ao centro onde os
sertanistas adentraram o Rio Pajeú até a
futura Ribeira do Pajéu das Flores.
Por estes motivos históricos é que acho por um dever de justiça histórica, que nossa querida Flores é realmente a
MÃE DO SERTÃO. Afirmou o coordenador do Anuário Saulo de Tarcio.
Por: Florinda Maria Rodrigues - Jornalista
matéria enviada por Saulo de Tárcio
