Economia, Sustentabilidade e Convivência com o Semiárido no Pajeú-Moxotó.
Outrora a imagem do Sertão era de miséria, no entanto, demonstrações recentes de que eram apenas imagens preconceituosas e de que no Sertão também pode haver fartura são as novas ideias que rolam nas discussões empresariais e políticas. Há exemplos de locais como Petrolina e Juazeiro com a Fruticultura irrigada, o Gesso do Araripe Pernambucano e também do Moxotó-Pajeú Pernambucano que detém os maiores e mais desenvolvidos rebanhos de caprinos do Brasil e um arranjo produtivo Local bastante rico no setor Caprinovino. Sertania-PE, por exemplo, tem sido referencia nos rebanhos Anglo-nubianos onde os melhores sêmens lá estão e o Oriente médio já importa tais sêmens! Vale ressaltar que Ibimirim-PE hoje destaca-se como grande produtora e exportadora de melão para os Países Baixos onde se destaca Holanda como maior compradora. Desta forma, o paradigma que emerge para a saída deste imaginário e também desta realidade que vive assola o Sertão são praticas de convivência com o semiárido e, formulação de políticas públicas de desenvolvimento local sustentável com o intuito de discutir saídas para se viver com qualidade no Sertão.
A discussão hoje só é feita de forma empírica pelas universidades, a prática hoje só é feita pelas ONG’s que na sua maioria não conseguem atender 100% das comunidades necessitadas de Extensão que é atribuída pela LEI Nº 12.188, DE 11 DE JANEIRO DE 2010, no entanto esta lei até hoje não consegue ser aplicada.
Mauricio de Siqueira é Economista, especialista em Economia Rural e Mestrando em Desenvolvimento Local pela UFRPE-POSMEX.
Nenhum comentário:
Postar um comentário