Em meio à sujeira, e sem qualquer proteção, catadores tentam ganhar o pão de cada dia no lixão. Um risco! Sem equipamentos de proteção eles podem encontrar cacos de vidros, latas, seringas usadas que carregam consigo doenças, facilmente transmitidas pelo simples contato. Falando em dinheiro, o dia rende, em média, R$ 30,00. Trabalho cansativo, mas cheio de esperança.
A Lei 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos e, que demorou 19 anos para ser votada no Congresso, deu o prazo até 2014 para todos os municípios eliminarem seus lixões. Segundo a catadora Eliene Soares da Silva, 30 anos, os “garimpeiros do lixo” de Serra Talhada trabalham sem segurança (luvas e botas). Além disso, com shorts e blusas curtas, ou seja, sem proteção.
O Repórter do Pajeú Itamar França foi ao local e registrou imagens que mostra os riscos de quem trabalha diretamente com o resíduo. Os catadores entram em contato direto com o lixo que é descarregado todos os dias. O repórter também observou animais domésticos convivendo com aquela comunidade.
Cenário
A cena mais chocante no trabalho dos catadores é o momento em que os caminhões da Prefeitura chegam ao lixão para despejar os entulhos. As 26 famílias ficam reunidas à espera do veículo, até que a comporta por onde o lixo sai é aberta. Nesse momento, todos se apressam para coletar a maior quantidade de produtos recicláveis, que são vendidos geralmente nos finais de semana.
A catadora Eliene afirmou que os trabalhadores possuem uma espécie de pacto entre si, e cada um respeita o espaço do outro. “Somos solidários uns com os outros; todos têm os mesmos direitos durante a coleta”, finalizou.
Fonte: Itamar França
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