Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
domingo, 11 de dezembro de 2011
Cordel em Homenagem a André
Carlos André Campos Lopes
Em Custódia ele nasceu
Em vinte e oito de abril de 79
Na mesma cidade cresceu
tornou-se um homem decente
vivia feliz e contente
Até que a tragédia aconteceu
Fez Faculdade na AESA
Foi grande sua vitória
Tinha orgulho de ser
Graduado em História
Era um matuto valente
Um jovem muito descente
O guardaremos na memória
Na AESA André Campos
com o CAP Alex estudou
Também com o Major Marcelino
E Major Wanderley completou
Os amigos de turma oficiais
Eram seus amigos demais
Com eles Campos se formou
Ao concluir sua graduação
foi ao Recife fazer cursinho
Dedicou-se plenamente
estudando muito sozinho
mas a sua grande ambição
era entrar na corporação
por ela tinha amor e carinho
No curso de Direito
foi fácil ele entrar
abdicou de seu Direito
e continuou a estudar
e para a sua satisfação
ingressou na corporação
da Policia Militar.
Manteve suas raízes
estudava sem cansaço
das vitórias e conquistas
e também do fracasso
Do homem sem coração
Virgulino o Lampião
o perverso Rei do Cangaço
Tinha na figura do Avô
um herói verdadeiro
Combatente do cangaço
do bando de desordeiro
na Avó sua Mãe verdadeira
uma senhora de primeira
educou um neto ordeiro
Um jovem bem conhecido
disposto a qualquer parada
gostava de pega de boi
e também de vaquejada
assistia com emoção
vibrava com o boi no chão
dando muita gargalhada
Respeitados ao extremo
um jovem mais bem vivido
era ordeiro e não bebia
um policial precavido
mas também reservado
era um praça prevenido
Com as crianças ele tinha
um contato especial
a elas se dedicava
dando atenção total
ficar perto dele queriam
com ele as crianças sentiam
A segurança do policial
De forma extrovertida chamava
dos companheiros a atenção
dos interesses pessoais
Campos não abria mão
tudo que diz respeito
que o praça não tinha direito
Ele alertava com razão
Melhor que ele não tinha
Pode ser que um empate
ele tinha experiência
na frente de um combate
o comando lhe indicou
e seu sonho realizou
tirando o curso do Gati
Destemido e cauteloso
E de não se acreditar
um policial tão preparado
Em nada pode confiar
Na Polícia o risco é total
um descuido nosso é fatal
na vida de um militar
Na Polícia era Campos
André no convívio comum
ter um amigo como esse
Não era pra qualquer um
o mundo perdeu o brilho, a cor
Para nós restou apenas a dor
no peito de cada um
Os vaqueiros fizeram
Uma homenagem de glória
Cantaram versos e toadas
Que guardaram na memória
que Deus te receba no céu
nosso grande amigo fiel
Aqui ficarás na História
Com uma salva de tiros
A polícia homenageou
este policial valente
que o perigo enfrentou
um bandido covardemente
tirou do meio da gente
e André Campos Deus levou
Em nome do 3º Batalhão
eu tive essa coragem
de fazer em um cordel
a Campos uma homenagem
e as companhias e o PCS
de você nunca esquece
aqui de sua passagem
Termino Campos dizendo
sua morte não foi em vão
todos os dias perseguiremos
esse assassino e ladrão
a Polícia não vai descançar
enquanto não capturar
e mandá-lo para a prisão
Fim
Autor: CB PM Gallindo
Fonte: Blog Custódia Terra Querida
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