ÁGUA FLUIDIFICADA
A água fluidificada é a água normal, acrescida de fluidos curadores. Em termos de Espiritismo, entende-se por água fluidificada aquela em que fluidos medicamentosos são adicionados à água. É a água magnetizada por fluidos.
Em geral, são os Espíritos (desencarnados) que, durante as reuniões, “fluidificam” a água, mas a água pode ser magnetizada tanto pelos fluidos espirituais quanto pelos fluidos dos homens encarnados, assim como ocorre com os passes, sendo necessário, para isso, da parte do indivíduo que irá realizar a fluidificação, a realização de preces e a imposição das mãos, a fim de direcionar os fluidos para o recipiente em que se encontrar a água.
Quanto a mesa branca, o Espiritismo não se prende à cores. O pano pode ser de qualquer cor. O pensamento é tudo. Aquele que direciona a mente com intenções nobres faz com que suas ações sempre estejam amparadas por Espíritos Superiores. Lembremos que o Espiritismo não tem roupas especiais para os dias de trabalhos ou mesmo no dia-a-dia dos seus adeptos. Enfeites, amuletos, colares, tecidos ou vestimentas com cores que significariam o bem (branca) ou o mal (negra, vermelha) não têm fundamento para o espírita.
MEDO DO ESPIRITSMO
As pessoas temem o que não conhecem e o desconhecido tem o dom de criar monstros imaginários. Muitas pessoas têm medo do Espiritismo, mas a maioria tem mesmo muito pouca informação. O que a grande parte das pessoas sabe baseia-se em distorções e, por isso, tudo se confunde com o Espiritismo. Outras tantas se apavoram só de falar sobre espíritos. Na verdade, o Espiritismo é que ajuda-nos a não temê-los. O estudo nos liberta dos monstros criados pela ignorância. Em verdade, todo medo se alimenta da ignorância.
Algumas pessoas preferem não saber para não pensar a respeito. Estas são as mais vulneráveis às mentiras contadas por aí. Ouvem e crêem sem um juízo racional, sem uma checagem, o que não é um fenômeno raro, pois muitas religiões ensinam a não questionar, a não perguntar, a não ir em busca das respostas – mesmo as mais cruciais à vida-, ensinam a crer sem maiores explicações. Nestas religiões, o questionar pode ser visto como ato de desobediência! Na era da informação, já está ultrapassada a época da fé cega, cujo auge pode ser resumido na antiquada frase de Tertuliano: “credo quia absurdum.” (creio mesmo que absurdo).
Muitas pessoas acreditam – sem averiguarem se é verdade – que o Espiritismo está associado a coisas ruins, ao mal, fraudes, farsas, a superstições, ao diabo. Não está, basta verificar.
É comum que as pessoas confundam o Espiritismo com Macumba, Umbanda e Candomblé. São crenças diferentes. Quem ainda não pegou um panfleto de propaganda onde está escrito: Mãe “ tal tal tal”, advinha, joga cartas, tarô, lê mãos e traz de volta o amor perdido? Sabe onde ela atende? Segundo o panfleto: numa tenda “espírita”. Não estamos aqui julgando ou desrespeitando ninguém – todas as crenças que pregam o bem devem ser respeitadas e têm seu valor -, mas as pessoas têm o direito de saber que essas atividades não tem relação com o Espiritismo.
OS ANIMAIS NO MUNDO ESPIRITUAL
Na literatura espírita, encontramos com bastante freqüência alusões a figuras de animais no plano espiritual. Por exemplo, Hermínio C. Miranda, em Diálogo com as Sombras, descreve o "dirigente das trevas" como sendo visto quase sempre montado em animais. Brota imediatamente em nossa mente a pergunta: Qual a natureza desses animais?
Também André Luiz refere-se, em suas obras, a cães puxando espécies de "trenós" (livro Nosso Lar), aves de monstruosa configuração (Obreiros da Vida Eterna), e assim por diante.
Realmente, identificar a natureza dessas figuras de animais no plano espiritual não é tarefa fácil. Alguns casos são de mais direto entendimento.
Assim, em A Gênese lê-se que "o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos dos quais tem o hábito de se servir; um avaro manejará o ouro..., um trabalhador o seu arado e seus bois... " Esses bois, portanto, não são animais propriamente ditos, mas, criações fluídicas, formas-pensamento.
Em outras situações, em que são vistos animais ou sentido a sua presença, existe também a possibilidade de que sejam, mesmo, perispíritos de animais ou, se quisermos assim dizer, animais desencarnados.
Digo animais desencarnados mas, haveria ainda a hipótese de serem também animais encarnados, em "desdobramento" (viagem astral), estando então seu princípio inteligente desprendido do corpo físico, por exemplo, durante o sono.
Márcio Siqueira