Nas minhas viagens à cidade de Serra Talhada, noto uma árvore que, na margem direita do caminho de ida, após a vila Canaã do município de Truinfo, me chama a atenção e me trás reflexões interessantes. Ela está só, ou quase. Tem como pano de fundo as serras triunfenses. Há um ar majestoso à sua volta, uma obra de arte da Natureza! Ela está cinza pela falta de água. Agredida pela seca inclemente do Sertão. Porém, ela parece que quer dizer algo. Ela tem um pequeno galho verde que me fez sorri e me trouxe emoções. O que ela quer dizer? O que significa aquele galho único a despontar como uma espécie de sobrevivente do nosso caos climático? Pensei e divaguei! Prometi a mim mesmo registrá-la em imagem pela minha amadora câmera fotográfica e o fiz. Está aí a foto. Em verdade, acredito que na Natureza está a solução dos problemas humanos. É nela que se encontram as respostas para as perguntas que ainda nem foram feitas! O mistério que ela encerra parece que só é revelado à medida que o homem evolui intelecto e moralmente. Enquanto o homem não perfura, com o bisturi da Ciência, sulcos mais profundos em suas entranhas ela, piedosa, se insinua generosa como que a querer que saibamos mais sobre seus mistérios. Se ela parece, num primeiro momento, estéril, noutro ela se mostra prenhe de vida. Se num momento, ela aparentemente se mostra insensível, noutro ela é generosa e bendita. É o milagre da renovação, onde o que parece morto e torrificado pela seca se transforma em Vida ao cair das primeiras chuvas, surgindo o verde – da nossa caatinga – como resposta mágica a nos reavivar a fé e a nos ensinar que a esperança deve está sempre presente em nossos corações. Que o diga a nossa “musa inspiradora” árvore da foto.
Márcio Siqueira – Professor especialista de História
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