Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Flores, a cidade mais limpa do Sertão pernambucano- Noticia no Blog do Magno Martins
Estive, ontem, na cidade de Flores, a 400 km do Recife. Sua fama de cidade mais limpa do Sertão pernambucano não se dá por acaso. O prefeito Marconi Santana (PTB) cuida de retirar o lixo das ruas duas vezes por dia e por isso mesmo acabou recebendo vários prêmios. Algo simples e elementar, que todo gestor tem obrigação de fazer, mas não é isso que encontramos em outros municípios.
É difícil achar um papel na rua e a população, com o tempo, também foi educada nessa direção. Flores é pequena, tem apenas 7,5 mil habitantes no perímetro urbano e 25 mil no município, sendo a maior concentração no distrito de Sítio dos Nunes, ocupado na metade do século XVIII pelo latifundiário Capitão Manuel Nunes. Na fundação do município, os primeiros habitantes foram índios trazidos por embarcações da região da Bahia, da tribo tapuias.
Flores é o município mais antigo do Estado. No século XVI, Garcia D Ávila organizou expedições pelas margens do rio São Francisco. A primeira, em 1589, contou com portugueses e índios domesticados. Ao chegarem às margens de um rio desconhecido, o Pajeú, encontraram uma tribo de índios tapuias que naquele momento estava em festa numa homenagem ao chefe da aldeia, o Guerreiro Aruan.
Aruan ordenou a prisão e a morte de todos os componentes da expedição, poupando apenas duas jovens meninas que mais tarde passaram a ser adoradas como divindades. A mais velha foi chamada de Aracê e a mais nova de Moema. Entre os índios que chegaram na embarcação vinda da Bahia essas duas meninas - Aracê e Moema - criaram o hábito de cultivar flores à beira do rio Pajeú, daí a origem do nome da cidade.
Filho de Wilson Santana, tradicional líder político do município, Marconi Santana, no segundo mandato, já foi vereador por dois mandatos e presidente da Câmara. Jovem e aguerrido, tem buscado promover a inclusão social e diz contar com o apoio do Governo. Relata que, no momento, o Estado tem investimentos da ordem de R$ 3,5 milhões no município.
Ele resgatou tradições culturais para tirar Flores do isolamento, como o 'Maior Festival de Carro de Boi', a Festa das Rosas e está tentando criar um atrativo turístico no Vale do Cafundó, que tem atrativos naturais, como caldeirões, furnas, montes, picos, serras atípicas, paredões, cânions e olhos d`água. Músico famoso no País, natural de Flores, o saxofonista Moacir Santos ganhou, recentemente, o seu busto na cidade numa moderna praça aberta pelo prefeito.
Falei na Câmara de Vereadores, das 19 às 21 horas, Além do prefeito estavam presentes três vereadores - Roberto Santana (PSDB), Luiz Heleno (PHS) e Luciano Marques (PTB). Também presentes os secretários municipais Eronides Firmino, Renata Monteiro e Lucila Santana, além dos blogueiros Júnior Campos e Maurício Vieira, de Flores, e Evandro Lira, de Afogados da Ingazeira e Alberto Ribeiro da Rádio Florescer. Gostei intensamente porque havia muitos estudantes na plateia das escolas 11 de Setembro e Aires Gama.
Fonte : Magno Martins Blog
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