Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Show e missa para o Rei do Baião
Luiz Gonzaga é cada vez mais uma exceção à regra: um santo de casa que faz milagres. Entre estes a legião de novos admiradores e seguidores que vem arrebatando desde sua morte, há 22 anos, e o prestígio cada vez maior. A homenagem ao Rei do Baião, nesta terça (2) no Pátio de São Pedro, é uma pequena mostra do que acontecerá em 2012, ano do seu centenário. Organizada pelo Memorial Luiz Gonzaga, a homenagem compreende uma série de eventos (com entrada franca) tanto no memorial quanto no pátio, onde o encerramento terá a participação de praticamente todos os grandes nomes do forró da região. “Só na missa, que será celebrada pelo Padre Luisinho, tocarão sete sanfoneiros. A programação começa às 9h e não tem hora para terminar. A partir das nove horas, o memorial estará aberto, com exposição de fotos, discos, além de vídeos, clipes, tirados dos filmes que tiveram participação dele. No pátio, uma seleção com cerca de 500 músicas de Gonzaga tocará a partir de meio-dia”, diz José Mauro Alencar, gerente do memorial.
Embora grande parte das pessoas vá hoje ao Pátio de São Pedro com a intenção de assistir aos shows, a atração mais interessante do dia será a missa, às 18h, celebrada pelo padre Luisinho, de São José do Egito. Ele está à frente também do ritual da Missa do Poeta, inicialmente idealizada para o compositor Zé Marcolino, em Serra Talhada, que hoje acontece em Tabira, no Sertão do Pajeú. A Missa do Poeta é o equivalente à Missa do Vaqueiro, de Serrita. Em lugar de queijo de coalho, rapadura e farinha, durante o ofertório, na Missa do Poeta são apresentados sanfona, zabumba, gibão e disco. “É também um missa toda em versos, sextilhas, decassílabos, etc. Quando a missa passou para Tabira, juntou-se um grupo de poetas e fez-se os versos. Será distribuído, gratuitamente, um cordel com o texto completo”, continua Mauro Alencar, ressaltando que a liturgia poderá ser acompanhada por telões.
Alguns dos nomes que reverenciam Luiz Gonzaga hoje: Trio Nordestino, Terezinha do Acordeom, Quinteto Violado, Santanna, Petrúcio Amorim, Ivan Ferraz, Cristina Amaral, Fim de Feira, Camarão, Dudu do Acordeom, Joquinha Gonzaga, Cláudio Rabeca, Raminho do Acordeom, Alcymar Monteiro. Além destes, as presenças, mais do que ilustres, de três dos maiores autores de forró vivos: Janduhy Finizola, Onildo Almeida e João Silva, trinca que forneceu vários clássicos para Luiz Gonzaga.
Fonte: NE10
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