Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
terça-feira, 5 de abril de 2011
A Alegria do Matuto
A Alegria do Matuto
Pro matuto se alegrar
Não precisa de frescura
Só quando for capinar
Ter farinha no "bornar"
E um "taquim" de rapadura
Pro matuto se alegrar
Precisa ter luxo não
Só a chuva que virá
Que é "promode" ele "prantar"
"Mi", jerimum e feijão
Pro matuto se alegrar
Não precisa nem ter ouro
Só no peito um rosário
"Benzido" pelo vigário
Um chapéu, gibão-de-couro
Pro matuto se alegrar
E ser feliz por completo
Basta só a safra "dar"
E sua sala enfestar
De feijão até o teto
Pro matuto se alegrar
A demora é bem pequena
Basta ter um aconchego
Que é pra ficar no chamego
Bem "juntim" co'a sua morena
Pro matuto se alegrar
Não precisa muita coisa
Só o que plantar e colher
O que vestir e comer
E uma "nega" como esposa.
Jakson Amorim.
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