Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
terça-feira, 5 de abril de 2011
Fui ao Mar (A Walmar Belarmino)
Fui ao Mar (A Walmar Belarmino)
Como me pediste fui ao mar
E à sua frente fiquei, parado, calmo
E vi um pescador, mediano, calvo
Paciente, constante, ao tarrafear
Eu vi também vários pombos na areia
Garimpando, decerto, o que comer
Mais ao longe, bem longe, pude ver
Um casalzinho de idosos, passeia
Ao meu lado, outro idoso se sentou
Dos lados, como se fiscalizando
Olhou, disse nada, e se retirou
O calvo mediano, ainda pescando
Os pombos, as migalhas garimpando
Levanto, me espreguiço, e também vou.
Jakson Amorim
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