Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Soneto
O desejo, já sentido nos sonhos,
Aflorado em ambos os corpos, nus.
Trêmulo, descrente, feliz, risonho,
Sobre o teu, o meu corpo assim eu pus.
Luz acesa, no chão da velha sala,
Tinha um pote, encostado na parede,
Tinha uns tornos, pra pendurar a rede,
E um fogão à lenha, mas já sem brasa.
Um armário, pequeno, do outro lado,
E entre eles, nós dois ali deitados,
Se amando, num momento de magia.
Cena análoga ao qu'eu sempre sonhei:
Tua linda face, quand'eu te beijei
A mostrar o amor q'ainda existia.
Jakson Amorim
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