Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Entre O Pente E O Repente
Não sou esses balai todo!
Sou meio desleriado.
E quando ligo o desligo: tõe-õe-õe-õe-õe-õe!
Vejo que só tenho arranco, ao me ver ali parado.
Minhas dúvidas são campestres.
Minhas rimas são risais.
Baldias, uns dias
De procurar alegrias nas baixas dos tristezais.
Pela rodagem dos versos, eu sempre solto um olá!
Pra quem está desolado.
Os meus olhares piscosos? São piscos de alegria.
Alegria é manga espada, é sempre verde e amarela.
Tanto, que às vezes penso até com certa doidice
Que sou filho da escrotice do bico do peito dela.
E quando cismo dos peitos
Despedaço de minh'alma versos angelicais.
Até despertei paixão, me chamaram de Romeu.
Atá consegui aplausos que o bandeirinha não deu.
Toneladas de paixão e dessas bem toneladas
E o bandeirinha... Ahhh! Bandeirinha! não deu.
Nas matas dos leitos secos os sertões torno a rimar.
É rima caçando rima feito o fuxico dos galos.
Rimo de Maria Macho à Sinhazinha Dafé.
Sertão de Chico Baygon, Sertão de Chico Dé
Da mulherização das jumentinhas
Das coitadas das galinhas
Das maridanças de solteiro, do desrelato de vaqueiro
- Descontramantelo da vida -
Do Cariri e do Agreste.
E nordestando o Nordeste sou quase um Cabra da Peste!
Sou vaqueiro, cangaceiro
Sou matuto, sim senhor.
Eu sou Cagado e Cuspido
Paisagem de Interior.
Jessier Quirino
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