Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
sábado, 28 de maio de 2011
Tô lendo e recomendo
Guerra e Paz
(Leão de Tolstoi)
Resumo traduzido da edição francesa
Em 1862 o conde de Tolstoi está perto de fazer trinta e quatro anos. Dentro da carreira das letras já não é propriamente um recém chegado. É de facto um escritor conhecido cujas obras já tinham chegado ao grande público. Contudo Tolstoi não é um escritor como qualquer outro, não frequenta os círculos literários e mundanos da capital. Recusa colaborar com as revistas da altura, embora os seus directores o procurem com insistência. Pode-se mesmo dizer que rompeu com os seus colegas de escrita e afastou-se das grandes ideias do seu tempo que tinham como base o cientismo ou o positivismo. No fundo, para ele escrever já não é um ganha pão, por que ele não precisa de sobreviver através da escrita.
Tolstoi tem outras preocupações, como por exemplo, a actividade pedagógica, que o apaixona e o faz abrir uma escola em 1859 ás crianças filhas de camponeses da sua propriedade de Iasnaia Poliana, para lhes ensinar ortografia, aritmética e o catecismo.
Tolstoi não é um homem, como pode á primeira vista parecer, indiferente ao seu tempo. Não é apenas um morgado de província apaixonado pela literatura, é sim um homem sincero e escrupuloso, cuja natureza excessiva o leva ao fundo das coisas sem temer as consequências. É um pensador, cujo objecto de meditação não é outro que o próprio homem, na sua integridade e na sua perenidade. É esta preocupação que garante o carácter profundo e verídico das suas obras. Procurando ver sempre para além do facto anedótico ou da actualidade do seu tempo, ele quer encontrar no homem aquilo que o torna homem e assim criar uma nova filosofia.
É neste ambiente que ele começa a escrever a sua obra prima, A Guerraaz
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