Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
domingo, 29 de maio de 2011
Para refletir...
DEVER ESQUECIDO
Certo rei, muito poderoso, sendo obrigado a se ausentar do reino por muito tempo e desejando pôr à prova a capacidade do príncipe, seu filho, tomou de grande fortuna e entregou-lhe, dizendo:
- Quero que empregue toda esta fortuna na construção de uma casa, tão rica, luxuosa, confortável e bela quanto for possível.
Acontece, porém que o jovem, muito egoísta, arquitetou o plano de enganar o próprio pai, de modo a gozar todos os prazeres imediatos da vida e passou a comprar materiais de construção inferiores.
Onde lhe cabia empregar metais raros, utilizava latão; nos lugares em que devia colocar mármores, punha madeira barata e nos setores de serviço onde a obra reclamava pedra sólida, aplicava terra batida. Com isso, obteve largas somas, que consumiu desordenadamente, em companhia de outros jovens tão desmiolados e irresponsáveis como ele mesmo.
Quando o rei regressou, encontrou o príncipe abatido e cansado, a apresentar-lhe uma cabana tosca e esburacada, ao invés de uma casa nobre. Surpreso e triste, porém sem perder a calma, o rei devolveu-lhe a chave da cabana e disse:
- Meu filho, a casa que mandei edificar é para você mesmo. Não me parece a residência sonhada por seu pai, mas devo estar satisfeito com a que você próprio escolheu...
Márcio Siqueira - Colaborador
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