Quando eu paro e recordo o meu passado No Sertão, no meu tempo de menino Dentro do peito um certo desatino Toma conta d'um coração alado Que de tanto com o mundo ter sonhado E aspirado um sucesso no futuro Desligou-se d'um modo prematuro Do Sertão, do seu lugar querido E a lembrança de tudo lá vivido Me derruba, e esse golpe é sempre duro. Jakson Amorim ( autor, poeta e colaborador do Blog)
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Pra ouvir e lembrar da Terrinha!!
Caboclo Sonhador Flávio José
Sou um caboclo sonhador
Meu senhor, viu
não queira mudar meu verso
Se é assim não tem conversa
Meu regresso para o brejo
Diminui a minha reza
Coração tão sertanejo
Vejam como anda plangente o meu olhar
Mergulhado nos becos do meu passado
Perdido na imensidão desse lugar
Ao lembrar-me das bravuras de nenem
Perguntar-me a todo instante por Bahia
Neca e Quinha, como vão? tá tudo Bem?
Meu canto é tanto quanto canta o sabiá
Sou devoto de Padim Ciço Romão
Sou tiete do nosso Rei do Cangaço
Em meu regaço culminado em pensamento
Em meu rebento sedento eu quero chegar
Deixe que eu cante cantigas de ninar
Abram alas para o novo cantador
Deixem meu verso passar na avenida
Num forró-fiado tão da bexiga de bom
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